O corredor central do Museu de História da Medicina Maximiano Lemos, espaço onde se abrem as salas de exposição, reune uma importante colecção de Arte Portuguesa dos séculos XIX e XX. Aí expostos se encontram os retratos a óleo dos distintos Professores da Escola Médica do Porto nos seus trajos académicos solenes. Que pleíade de Homens notáveis! Relembrar a vida e a obra individual e colectiva constitui a forma mais fiel e justa de conhecer a Escola Médica que construiram e que hoje existe. Aos legados científico e assistencial não raras vezes se associaram outros, não menos importantes, o literário, o artístico e o relativo à História da Medicina. Autores, tais como António Carneiro (1872-1930), Columbano (1857-1929), Artur Loureiro (1853-1932), Acácio Lino (1878-1956), Júlio Costa (séc.XIX/XX), Abel Salazar (1889-1946) figuraram entre muitos outros de nomeada. Imponente se apresenta o retrato a óleo do Cirurgião-Mor do Reino, Salustiano Arnauld (1775-1856). A indumentária oficial bem como as suas condecorações são pertença do Museu. O Professor Alberto de Sousa (1880-1961), professor de Medicina e Belas-Artes, soube representar ao mais alto nível a anatomia do corpo humano. Na "Lição de Anatomia" do Professor Alberto de Sousa sobre o cadáver pendente estão alguns docentes da Escola Médica do Porto e de Santiago de Compostela. Entre todos destaca-se a figura do insígne Professor Hernâni Monteiro que parece orientar a aula de Anatomia.

Alguns bustos de vultos nacionais e internacionais esculpidos no mármore ou trabalhados no gesso completam esta galeria de notáveis. Entre estes destacamos as figuras dos Professores Joaquim Guilherme Gomes Coelho (Júlio Dinis, 1839-1870), Alfredo de Magalhães (1870-1957), Magalhães Lemos (1855-1931) e Louis Pasteur (1822-1895).

Existe neste espaço uma importante colecção de medalhas alusivas às reuniões, confraternizações e congressos médicos, comemorativos de eventos médicos ou de homenagem a personalidades médicas e a cientistas nacionais e estrangeiros que contribuiram para o progresso da Medicina. Nessas medalhas são lembrados os galardoados com o Prémio Nobel da Medicina. A efígie do Professor Egas Moniz (1874-1955), Prémio Nobel da Medicina em 1949, aparece entre tantos outros.