Estojo de Cirurgia Oitocentista
|
Pinça hemostática: aço; séc. XIX; 0,8x11,9x1cm Bisturi: tartaruga, latão e aço; séc. XIX; 0,8x16,2x0,6cm; Aubry Bisturi: tartaruga, latão e aço; séc. XIX; 0,9x16,5x0,5cm; Aubry Bisturi: tartaruga, latão e aço; séc. XIX; 0,9x17,5x0,5cm; Aubry Cânula de Bellocq: prata e prata alemã; séc. XIX; 0,9x13,5x1cm Espátula/Raspador: aço; séc. XIX; 0,1x13,1x1,1cm; Aubry Tenáculo: tartaruga, latão e aço; séc.XIX; 0,8x12,3x0,4cm; Aubry Estojo de madeira contendo agulha para abaixamento e colher: séc. XIX; 0,7x11,5x0,7cm Cateter feminino: prata; 1,5x14x0,8cm; Aubry Bisturi: tartaruga, aço; séc. XIX; 0,8x16,4x0,6cm; Aubry Lanceta: tartaruga e aço; séc. XIX; 1x9x0,3cm; Aubry Extremidade distal de cateter masculino: prata; 0,5x14,5x0,5cm Trocarte e Cânula: prata e prata alemã; séc. XIX; 0,7x12,9x0,7cm; Aubry Navalha: tartaruga, latão e aço; séc. XIX; 1x19,7x0,8cm; Aubry. |
Atribui-se a Charrière o vulgarizar o fabrico de pequenos estojos onde um número considerável de instrumentos cirúrgicos se incluíam. Tal facto seria viável através, por exemplo, da segmentação de cada instrumento. Pretendia-se um transporte fácil do estojo cirúrgico. Solucionado o problema do espaço ocupado pelos instrumentos, impunha-se a escolha de materiais leves e de formas estilizadas.
O estojo de Cirurgia escolhido compõe-se de catorze instrumentos. A tartaruga, a madeira, a prata, a prata alemã, o latão e o aço constituem os materiais integrantes dos instrumentos cirúrgicos neste período em que a necessidade de uma esterilização térmica era impensável. A inclusão de todos os instrumentos nesse limitado espaço foi possível pela incorporação das lâminas e do tenâculo nos respectivos cabos. A simples observação dos instrumentos deste estojo poderia levar-nos a pensar que o cateter masculino de prata estaria incompleto. Contudo, se conscientes do objectivo do fabricante somos conduzidos a procurar a extremidade proximal no interior dos instrumentos existentes. Foi desta forma viável localizar essa extremidade no cateter feminino de prata, do qual se individualiza por um movimento de espiral imposto à saliência proximal deste cateter.